Hitopadeśa e Dom Pedro II

setembro 19, 2020

Aos 5 anos e 4 meses de idade, Dom Pedro de Alcântara tornou-se Imperador Constitucional do Brasil. Exerceu o cargo e todas as obrigações decorrentes de Chefe de Estado de 7 de abril de 1831 a 15 de novembro de 1889. A abdicação do pai, Dom Pedro I, o fez Defensor Perpétuo do Brasil. Todavia, Dom Pedro II também entrou para a História por ser um amante das letras, da fotografia, da ciência. Enfim, um homem muito culto, reconhecido em vida por alguns dos mais importantes intelectuais do século XIX, a ponto de Eça de Queiroz e Alexandre Dumas filho terem comparecido ao funeral do monarca em Paris. O que está sendo revelado mais recentemente, por Adriano Mafra, Christiane Stallaert e Sergio Romanelli, é que o filho caçula da também intelectual Dona Leopoldina era tradutor de vários idiomas antigos e modernos: grego, latim, sânscrito, alemão, árabe, espanhol, francês, hebreu, holandês, inglês e italiano. Hitopadeśa, a obra recém-lançada por Rafael Copetti Editor, revela em 16 capítulos as descobertas frutos de dez anos de pesquisa junto aos manuscritos do Imperador, feita por pesquisadores do Núcleo de Estudos de Processos Criativos (NUPROC) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), sob a coordenação do professor Sergio Romanelli.

O projeto do livro contou com o apoio do CNPq e com as parcerias do Museu Imperial de Petrópolis e da Universidade de Antuérpia (University of Antwerp), na Bélgica.