Pedro II




Pela graça de Deus, e unânime aclamação dos povos, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil. Com este título, um brasileiro, nascido no Rio de Janeiro, filho de pai português e mãe austríaca dominou, do nascimento em 1825 até a morte em 1891, a história do Estado-Nação ainda em processo de consolidação no maior território da América do Sul. Porém, ainda é um personagem que precisa ser estudado, analisado com mais frequência por nossos historiadores, cientistas políticos e demais intelectuais. Paulo Rezzutti, paulistano, arquiteto e historiador, há algum tempo desenvolve, com maestria, a arte de garimpar em arquivos nacionais e estrangeiros as pistas ainda não-desvendadas. O livro D. Pedro II – A história não contada: o último imperador do Novo Mundo revelado por cartas e documentos inéditos, a ser lançado nesta Semana da Pátria, vem em excelente hora. No dia 7 de Setembro, data da Independência do Brasil, o autor fará uma palestra às 10 horas e em seguida autografa a obra na Quinta da Boa Vista no que sobrou do Museu Nacional, cujo incêndio completa 1 ano no dia 2 de setembro sem sabermos a quem imputar a responsabilidade (ou irresponsabilidade) pela tragédia ocorrida no ano do bicentenário da instituição. Muitos desconhecem que foi naquele outrora Palácio Imperial que nasceu e viveu o segundo Imperador do Brasil. 





Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga já nasceu como herdeiro do jovem Brasil independente. E aos 5 anos e 4 meses de idade tornou-se Imperador do Brasil devido à abdicação do pai, Dom Pedro I. Homem culto, amante da ciência, apaixonado por fotografia, Dom Pedro II precisa ser melhor conhecido pelos brasileiros. 

Não são poucos os aspectos inéditos ou ignorados em outras biografias que vêm à tona em D. Pedro II – A história não contada. Um deles é a eterna busca pelo pai ausente e a importância de D. Pedro I na educação do filho. Pela leitura das cartas que trocava com D. Pedro II, fica claro que, mesmo depois de partir para o exílio, seu pai procurava ensiná-lo – principalmente no que se refere a respeitar o tutor José Bonifácio e os professores, mas também sobre como governar e a importância do respeito à Constituição. Além disso, em diversos momentos, o filho repetiu roteiros feitos por D. Pedro I no Brasil e no exterior, buscando sempre entrar em contato com pessoas que o teriam conhecido. 

Ao mesmo tempo em que desvenda sua vida pessoal, Paulo Rezzutti evidencia a força de D. Pedro II como o homem público que, durante os 48 anos em que esteve no poder, tentou transformar o Brasil em um lugar melhor. Governante comprometido com o desenvolvimento do país e, acima de tudo, com a educação, chegou a dizer que, se não fosse imperador, seria professor. Em suas palavras, não via “missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro”. 

Como sabemos, Dom Pedro II foi expulso do Brasil em 1889, exilou-se na França, onde morreu em um hotel em Paris 3 dias após completar 66 anos de idade e foi sepultado com honras de Chefe de Estado.





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