A erudição e a pesquisa como vocações

 

Luiz Mott foi o primeiro palestrante do projeto Encontro com o Escritor realizado pela Consultoria Especializada em Assuntos Históricos, Culturais, Artísticos e Turísticos (HISTORART) e a Biblioteca Pública do Estado da Bahia. O evento, ocorrido no Espaço Xisto Bahia, na sede da Biblioteca nos Barris, em Salvador, na noite da quarta-feira, 30, serviu para que o intelectual, nascido em São Paulo, professor aposentado do Departamento de Antropologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), mostrasse o conhecimento em inúmeros temas. Reconhecido como um pesquisador sério, rigoroso e descobridor de fatos que modificam a visão sobre temas históricos, políticos, religiosos, sociológicos e sexualidade, Mott foi categórico: "falo escravo, falo índio, não digo escravizado, não digo indígena". Fez todas estas declarações com firmeza, inclusive ao afirmar que "Dandara não existiu" e perguntar "quem a criou?". Durante a palestra, manteve o característico bom humor que marcaram as suas aulas no campus de São Lázaro. Para quem conhece com incomparável habilidade documentos originais, pesquisados e garimpados em arquivos brasileiros, europeus e americanos, a sua frase "não sigo a cartilha politicamente correta" traz um alerta que tentar alterar a História, os fatos e os personagens jamais pode ser ação de quem tem a ciência como vocação e profissão. Mott sabe que saber tem sabor até na gênese etimológica. Em total concordância com o tema A comida baiana: Cardápios de um prisioneiro ilustre (1763), a palestra foi um banquete.

Fotos Tarso Marketing

 

 
Luiz Mott
 


 


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