O estreante

 

A sexta-feira, dia 9, marca a estreia de Aydano André Motta no carnaval. Mesmo para o quem desde 1988 frequenta a Marquês de Sapucaí, o sabor da estreia é um fato. Nascido em Niterói, em uma família que usava os dias do reinado de Momo para viajar para Petrópolis ou Região dos Lagos, o jornalista que nas suas primeiras andanças pelo grande palco do Samba circulou pelos camarotes, ocasião em que entrevistou o governador alagoano que no ano seguinte foi eleito para ocupar a Presidência da República, estava determinado a somente cumprir com as obrigações exigidas pela cobertura do Jornal do Brasil. Estava muito pouco atento ao bailado do casal de mestre-sala e porta-bandeira, aos rodopios das baianas e à arte dos passistas, mas o impacto causado por ter assistido a Ratos e Urubus larguem minha fantasia, aquele vice-campeonato da Beija-Flor em 1989 que entrou para a história, causou uma transformação no flamenguista que sequer sabia quem era o carnavalesco Joãozinho Trinta. Aydano tornou-se um pesquisador respeitado e há algumas décadas é uma referência para os sambistas e também para os estudiosos do carnaval. Responsável pela organização dos Cadernos de Samba, uma coleção com 6 livros dos quais é autor de Onze mulheres incríveis do carnaval carioca - Histórias de porta-bandeiras e Maravilhosa e soberana - Histórias da Beija-Flor, Aydano André Motta usará todo o conhecimento adquirido nestas três décadas em que converteu-se a fiel súdito de Momo, para comentar a transmissão da Band Folia nas duas noites de desfile das Escolas de Samba da Série Ouro do Rio de Janeiro. O novo comentarista televisivo de carnaval, é torcedor da Beija-Flor, paixão anterior ao casamento com a jornalista Flávia Oliveira, outra torcedora da agremiação nilopolitana.

 

Aydano André Motta

(Foto Tarso Marketing)

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