Imperatriz Leopoldinense define os sambas finalistas para o carnaval

 

A primeira escola de samba a desfilar no domingo de carnaval na Marquês de Sapucaí definiu neste domingo os 3 sambas para a final a ser realizada em data ainda a ser definida. São os sambas: 3 (composição de Gabriel Melo), 7 (composição de Me Leva, Gil Branco, Gabriel Coelho, Luiz Brinquinho, Renne Leme Filmes) e 11 (composição de Moisés Santiago, Aldir Senna, João Paulo, Wilson Mineiro, Guilherme Macedo).

O enredo da Verde e Branco de Ramos é Meninos eu vivi... Onde canta o sabiá, onde cantam Dalva e Lamartine, de autoria da carnavalesca Rosa Magalhães, pentacampeã da Imperatriz em 1994, 1995, 1999, 2000 e 2001.

 

Foto Leandro Ribeiro



Samba 3

Gabriel Melo

Eu ainda era menino
À luz de um nobre destino
O dom de tocar os corações
E você era menina, suspirando poesias
Entre versos e estações
Quando a mão do grande professor
Nosso caminho em ouro enfeitou
Fui da ribalta à avenida
Você tão linda, foi cenário de amor (Lá lá lá lá lauê)
Fiz da orquestra da folia, manequim das fantasias
Que João noutro tempo rasgou

Pega na saia rendada! Pra ver o que vi
Espelho da raça encarnada… Xica e Zumbi!
E descobrir novos Brasis na identidade
Canta Salgueiro, Ô, Salve a Mocidade!

Lembro que o Imperador
Me levou pra ser rei em sua Assíria
Amanheceu e nós dois
Fomos uma só voz no altar da Bahia
Brilhei… No seu palácio iluminado
Dancei… Sabiá cantou meu apodeu
Numa derradeira serenata

Sonhei com Dalva e fui morar com Deus

Seu samba nascendo no morro
Ecoa do povo e ressoa no céu
Desperto em seus braços de novo
No mais belo traço da flor no papel
Se a saudade é certeza
Um dia a tristeza será cicatriz
Eterna seja! Amada Imperatriz!

Vem me encantar, volta pro seu lugar!
Seu manto é meu bem querer
E lá do alto o pai maior mandou dizer
Quem viveu pra te amar, seguirá com você!



Samba 7

Composição de Me Leva, Gil Branco, Gabriel Coelho, Luiz Brinquinho, Renne Leme Filmes

E se a saudade fosse poesia
Quem dera reviver aqueles “dias”
O doce subúrbio do compositor
Versos de asfalto que o destino abraçou
Dos “Ramos” onde brotaram artistas geniais
Inspiração de outros carnavais
Pra ver o meu povo sorrindo… Arlindo!
Abre a cortina
A minha luz ainda reflete na ribalta
Se a vida é um enredo que anuncia
A fantasia veste a batucada

Preto Velho Benedito, terra do jacarandá
Pega no ganzê, Pega no ganzá
Negritude deu o tom, a voz da liberdade
Chica da Silva tem bravura de Palmares

Vera Cruz é Santa Cruz, navegante descobriu
A festa do Divino, meu Rio coloriu
No axé do Gantois, brilha uma estrela guia
Fiz bater forte o tambor da Academia

Quando o verde-esperança
Em cada traço meu encontra a paz
Bordando sonhos em alegorias
No trem da alegria de tempos atrás
“Quem dera”…
Que a vida fosse uma “estrela” que ilumina
Reluzente como a luz do dia
Linda feito o canto de um sabiá
No meu lugar…
Vi meninos desenhando tanta emoção
Brasilidade refletida no espelho
Realeza de um tal João

Se tu és Colombina, Eu sou teu Arlequim
Imperatriz, és o meu grande amor
A vida quis assim, poder te reencontrar
E relembrar aquele tempo que passou

Se tu és Colombina, eu sou teu Arlequim
Imperatriz, és o meu grande amor
A vida quis assim, poder te reencontrar
A tua herança jamais se apagou



Samba 11

Composição de Moisés Santiago, Aldir Senna, João Paulo, Wilson Mineiro, Guilherme Macedo).

Abro a cortina, o palco dá luz à vida a bela arte de um sonhador
Gênio da cultura, o artista
Que o grande destino reservou
No mestre, o espelho dos seus sonhos forjado pelo chão da Academia despontou no céu da Mocidade
O talento em alma pura… Brasilidade
E fez-se o destino do Arlindo imortal traçado o caminho do seu carnaval    

Na Leopoldina, sua estrela fez brilhar

(Êh Bahia)
Êh Bahia Êh Magia
Tem feitiço e Candomblé
Tem axé do orixá
Mãe Baiana pra benzer
Pregoeiro a gritar:
Quem vai querer? Quem vai provar?

Nos trilhos da felicidade, por toda cidade deixou seu legado, cantou Lá Lá…
La La Laia (Lamartine) La La Laia
No canto de um sabiá…
Do sertanejo o clamor
Xica da Silva é a sedução na cor
Estrela Dalva…Voz que encantou
Hoje você é saudade
Eternizada em meu pavilhão
Amor de verdade, carrego no peito
Esse amor sem igual… Arlequim do Carnaval

(Eu vi…)
Eu vi… Meninos eu vivi
Essa história é real… Eu vivi
Na luta por cada vitória
Nos braços de Ramos
Arlindo e Luiz… Coroando a Imperatriz!


Comentários, dicas, sugestões serão bem-vindos. Deixe o seu nome registrado na mensagem.
O nosso e-mail é: blogtarso@gmail.com



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Noite de vernissage e brindes na MCR

Almoço festeja os dias baianos de Renato Martins Filho

Azulejos Cariocas