Das águas do Velho Chico nasce um desfile inesquecível

 

A letra do samba já antecipava: O Velho Chico é pra se orgulhar. E foi assim que há exatos 15 anos, o rio São Francisco banhou a Marquês de Sapucaí com um dos mais memoráveis desfiles da Estação Primeira de Mangueira. A Verde e Rosa foi a segunda agremiação a desfilar na noite da segunda-feira, 27 de fevereiro de 2006. Eram 4.500 componentes, 7 setores, 36 alas e 8 alegorias. O capricho para conquistar o 19º campeonato fez a escola vestir fantasia até nos diretores de harmonia, fato incomum à época. Autor do enredo Das águas do Velho Chico nasce um rio de esperança, o carnavalesco Max Lopes, detentor de dois títulos na Mangueira, o supercampeonato de 1984 e o campeonato de 2002, também estava devidamente fantasiado. A Mangueira só obteve nota 10 em fantasias. Outro quesito que alcançou 10 dos 4 jurados foi o samba-de-enredo composto por Gilson Bernini, Henrique Gomes e Cosminho e interpretado por Jamelão, presidente de honra e cantor oficial da escola por mais de 50 anos. Um carnaval que entrou para a história da Estação Primeira até mesmo por ter sido o último em que a voz do Jamelão ecoou na Passarela do Samba. A escola voltou para o Desfile das Campeãs. Foi a quarta colocada do Grupo Especial no carnaval carioca 2006.

Para marcar a passagem dos 15 anos do enredo convidamos Wigder Frota, carioca, fotógrafo radicado em Nova York, para ilustrar nosso post. Wigder anualmente faz da Sapucaí residência nos dias do reinado de Momo. Fotografa todas as agremiações que desfilam na Passarela do Samba. 




 






Das águas do Velho Chico nasce um rio de esperança

Vou navegar...
Com a minha Estação Primeira
Nas águas da “integração” chegou Mangueira
Opará... Rio-Mar o nativo batizou
Quem chamou de São Francisco foi o navegador
Na serra ele nasce pequenino
Ilumina o destino, vai cumprir sua missão
Se expande pra mostrar sua grandeza
Gigante pela própria natureza

A carranca na Mangueira vai passar
Minha bandeira tem que respeitar
Ninguém desbanca minha embarcação
Porque o samba é minha oração

Beleza o bailar da piracema
Cachoeiras um poema à preservação
Lendas ilustrando a história
Memórias do valente Lampião
Mercado flutuante, um constante vai-e-vem
Violeiro, sanfoneiro, que saudade do meu bem
O sabor desse tempero, eu quero provar
Graças à irrigação, o chão virou pomar
E tem frutas de primeira pra saborear
Um brinde à exportação, um vinho pra comemorar
O Velho Chico! É pra se orgulhar

O sertanejo sonhou
Banhou de fé o coração
E transbordou em verde e rosa
A esperança do sertão


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