Um Dublê de Médico no mundo do Cinema

 

José Augusto Berbert de Castro (1925-2008) foi durante mais de meio século o crítico de cinema do jornal A Tarde. Está no prelo a primeira biografia sobre o descendente de alemães (orgulhava-se em dizer que durante a II Guerra torcia pela vitória dos Aliados) e cacauicultores de Ilhéus, primo materno de Irmã Dulce Lopes Pontes, a Santa Dulce, médico graduado em 1949 pela Faculdade de Medicina do Terreiro de Jesus, cujo diploma recebeu das mãos do Governador Octávio Mangabeira, mas que era muito apaixonado pelo jornalismo e pela Sétima Arte. Com 212 páginas, ilustrada por 56 fotografias, será lançada em dezembro deste 2020 pela Ponto e Vírgula Publicações com apoio da Empresa Gráfica da Bahia (EGBA). O autor, o cineasta Carlos Modesto conta-nos, alguns detalhes da obra.

A minha ideia de fazer um livro sobre José Augusto Berbert de Castro nasceu neste ano de 2020.  Devido ao fato de não ter concluído um documentário em vídeo que havia feito sobre ele no início de 2001, causado por ter perdido várias cenas do mesmo quando mandei formatar meu computador. Esse desagradável fato me causou diversas cobranças durante alguns anos, pois lhe havia prometido o trabalho. Mas após ter feito três livros resolvi então substituir o documentário por um livro, e, assim, nasceu “UM DUBLÊ DE MÉDICO NO CINEMA, Vida e Obra de José Augusto Berbert de Castro”.

O meu intento foi de prestar-lhe uma justa homenagem, não só minha, mas também dos seus admiradores e amigos que o adoravam da mesma forma que eu o tinha como ícone. Durante anos esperei que alguém superior a mim em matéria de escrita pudesse tributar-lhe um trabalho mais eclético do que o meu, porém infelizmente esperei em vão. A obra em si foi feita brotada das emoções surgidas em cada momento que jogava as palavras no computador. Lembrei-me daquele menino de dez anos de idade, interiorano de Estância, uma pequena cidade de Sergipe, que ao chegar à Bahia (assim chamava-se Salvador naquele tempo) em 1952, sendo um grande cinéfilo começou lendo no jornal A Tarde as maravilhosas matérias Por Trás das Telas de José Augusto.

Tornei-me logo seu fã e nasceu uma vontade de querer conhecê-lo pessoalmente, e o restante os leitores saberão no livro em questão. O relato da obra foi extraído de depoimentos sinceros de amigos e admiradores, da minha própria participação com Berbert em algumas fases da sua vida e de seus emocionantes depoimentos dados a mim em sua casa do Rio Vermelho, local que ali vivera desde o seu casamento com a sua querida esposa Lícia até o dia da sua morte.

Considero José Augusto Berbert de Castro o maior cronista cinematográfico da Bahia, o grande jornalista eclético que voava em seu Ultraleve com suas crônicas magníficas que nos fazia rir sem parar. Embora fosse médico o seu mundo pertencia ao cinema tendo se apaixonado da mesma forma como eu pelas imagens em movimento desde a mais tenra idade, foi recompensado por Hollywood quando ganhou a viagem dos seus sonhos ao visitar seus estúdios e jantar com as mais célebres estrelas do cinema.

Tudo isso o leitor encontrará lendo “UM DUBLÊ DE MÉDICO NO MUNDO DO CINEMA”. 



José Augusto Berbert de Castro em fotos do casamento com Lícia Maria de Moraes Senna

O casal José Augusto e Lícia com os filhos Ramiro e Liliana e os netos Pedro e Paula

Na redação do jornal A Tarde

Com os atores de Hollywood

José Augusto Berbert e o biógrafo Carlos Modesto


Fotos do arquivo Ramiro Berbert de Castro e Carlos Modesto


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Comentários

  1. Que bom rever a história de Berbert, nosso grande crítico de cinema do jornal A Tarde. Fui um dos seus leitores. Vamos aguardar o seu lançamento.

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  2. Esse merecia um registro desses. Fui seu leitor assíduo por mais de 30 anos.

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  3. Gostei muito das fotos! Estou ansioso para comprar e ler o livro!

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  4. Em nome de Cícero Bathomarco .

    "Berbert, seguramente, foi o mais duradouro comentarista de filmes da Bahia. Manteve, por muitos e muitos anos, diariamente, uma coluna sobre cinema em A TARDE. Seus agradáveis textos eram lidos e apreciados em todos os cantos da cidade pelos fiéis leitores do dito jornal.
    Carlos Modesto, cineasta de excelente conceito, teve a ideia de biografar o velho cronista e isso foi um tento espetacular e, sem dúvida, um presente para a memória da nossa terra.
    Aguardo o livro com bastante disposição, não só pela riqueza temática, como também para conhecer mais um elegante e seguro escrito de Modesto, uma pessoa de rara sensibilidade, que está tornando-se um artista da pena."

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  5. Muito oportuna esta obra.Ansioso por te-la em mãos eme deleitar na leitura

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  6. Durval Almeida Filho

    Conheci este projeto no seu nascedouro, quando em conversa com o autor apoiei a sua ideia de pagar a promessa ao biografado transformando o que seria um documentário num belíssimo trabalho de pesquisa, escrito numa linguagem direta porém cativante. Acredito que o trabalho fará um grande sucesso entre aqueles que, como eu, foram leitores assíduos de Berbeth.

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